O Retorno da Múmia (2001)
por Giovani Zanirati
O Retorno da Múmia (2001)
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
País: Estados Unidos
Nota: 08/10
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
País: Estados Unidos
Nota: 08/10
A Múmia (1999) é um filme de ação, aventura e humor que conquistou os espectadores. Sob a direção e roteiro de Stephen Sommers, a obra, apesar dos efeitos visuais datados e de um roteiro que recorre a clichês, consegue entregar uma experiência divertida e envolvente do início ao fim. O sucesso garantiu o retorno da equipe original, incluindo o elenco principal, com Brendan Fraser, Rachel Weisz e John Hannah.
A história de O Retorno da Múmia segue uma premissa semelhante à do primeiro filme, com um toque mitológico. A trama começa com um flashback ambientado no Egito Antigo, apresentando o Escorpião-Rei (Dwayne "The Rock" Johnson), um guerreiro que vendeu sua alma a Anúbis, o deus egípcio, em troca de poder. Após conquistar exércitos e destruir inimigos, sua alma é finalmente absorvida por Anúbis, criando uma ameaça imensurável para o futuro.
Na década de 1930, Rick O'Connell (Brendan Fraser) e sua esposa Evelyn (Rachel Weisz) agora têm um filho, Alex (Freddie Boath). O trio, após uma visão de Evelyn, descobre o bracelete do Escorpião-Rei e, sem perceber o perigo, o leva para casa. Paralelamente, a reencarnação de Anck Su Namun (Patricia Velásquez) tenta ressuscitar o vilão Imhotep (Arnold Vosloo) para derrotar o Escorpião-Rei e controlar o exército de Anúbis. A luta pela dominação do mundo está em jogo, com os personagens principais, mais uma vez, se vendo no epicentro de um conflito sobrenatural.
Com uma fórmula bastante similar ao primeiro filme, O Retorno da Múmia mistura ação, aventura e humor, sem grandes inovações. Embora a repetição da fórmula de sucesso possa ser vista como uma falha de criatividade, também pode ser interpretada como um acerto, já que as pequenas mudanças no enredo acabam mais prejudicando do que melhorando a experiência. O passado egípcio de Rick e Evelyn, explorado de forma superficial, acaba criando uma narrativa saturada e forçada. Sommers, ao incluir esses elementos, parece tentar criar uma metalinguagem para brincar com os clichês do gênero, mas o resultado é uma sequência previsível, onde as situações de perigo são apenas desculpas para mais ação.
Os efeitos visuais de O Retorno da Múmia apresentam uma grande variação ao longo do filme. Algumas cenas, como a do ataque de Imhotep ao balão e a batalha no museu, são bastante eficientes, com boa utilização de CGI. No entanto, em outros momentos, os efeitos tornam-se visivelmente artificiais, com o uso excessivo de CGI e planos abertos que acabam por comprometer a imersão. Esse contraste pode até causar alguns momentos de constrangimento, mas, para os espectadores da época, também oferece um toque de nostalgia e boas risadas.
Apesar das falhas em efeitos e enredo, o elenco de O Retorno da Múmia se destaca. Brendan Fraser volta ao seu papel carismático como Rick, um herói destemido, mas com uma sensibilidade que conquista o público. A química entre Fraser e Weisz, que retorna como Evelyn, é palpável, com a personagem de Weisz ganhando mais profundidade neste filme, embora com menos foco no humor. Jonathan (John Hannah), mais uma vez, proporciona momentos de alívio cômico, enquanto o filho do casal, Alex, se apresenta como um típico "adolescente irritante", sem grandes adições à narrativa, algo comum em filmes de Hollywood.
Em resumo, é uma sequência divertida e repleta de ação que não tenta se levar muito a sério. Oferecendo o tipo de entretenimento leve e explosivo esperado de filmes de aventura da época, o filme consegue agradar a quem já havia se encantado pelo primeiro longa, mas falha em termos de originalidade. Apesar da previsibilidade do enredo e de alguns aspectos que podem parecer datados, a obra cumpre o que promete: uma jornada emocionante e recheada de momentos inesquecíveis. Se você gostou de A Múmia, com certeza encontrará diversão neste trabalho. Em 2008, a franquia ainda ganharia uma terceira parte, mas sem a direção de Sommers.
A história de O Retorno da Múmia segue uma premissa semelhante à do primeiro filme, com um toque mitológico. A trama começa com um flashback ambientado no Egito Antigo, apresentando o Escorpião-Rei (Dwayne "The Rock" Johnson), um guerreiro que vendeu sua alma a Anúbis, o deus egípcio, em troca de poder. Após conquistar exércitos e destruir inimigos, sua alma é finalmente absorvida por Anúbis, criando uma ameaça imensurável para o futuro.
Na década de 1930, Rick O'Connell (Brendan Fraser) e sua esposa Evelyn (Rachel Weisz) agora têm um filho, Alex (Freddie Boath). O trio, após uma visão de Evelyn, descobre o bracelete do Escorpião-Rei e, sem perceber o perigo, o leva para casa. Paralelamente, a reencarnação de Anck Su Namun (Patricia Velásquez) tenta ressuscitar o vilão Imhotep (Arnold Vosloo) para derrotar o Escorpião-Rei e controlar o exército de Anúbis. A luta pela dominação do mundo está em jogo, com os personagens principais, mais uma vez, se vendo no epicentro de um conflito sobrenatural.
Com uma fórmula bastante similar ao primeiro filme, O Retorno da Múmia mistura ação, aventura e humor, sem grandes inovações. Embora a repetição da fórmula de sucesso possa ser vista como uma falha de criatividade, também pode ser interpretada como um acerto, já que as pequenas mudanças no enredo acabam mais prejudicando do que melhorando a experiência. O passado egípcio de Rick e Evelyn, explorado de forma superficial, acaba criando uma narrativa saturada e forçada. Sommers, ao incluir esses elementos, parece tentar criar uma metalinguagem para brincar com os clichês do gênero, mas o resultado é uma sequência previsível, onde as situações de perigo são apenas desculpas para mais ação.
Os efeitos visuais de O Retorno da Múmia apresentam uma grande variação ao longo do filme. Algumas cenas, como a do ataque de Imhotep ao balão e a batalha no museu, são bastante eficientes, com boa utilização de CGI. No entanto, em outros momentos, os efeitos tornam-se visivelmente artificiais, com o uso excessivo de CGI e planos abertos que acabam por comprometer a imersão. Esse contraste pode até causar alguns momentos de constrangimento, mas, para os espectadores da época, também oferece um toque de nostalgia e boas risadas.
Apesar das falhas em efeitos e enredo, o elenco de O Retorno da Múmia se destaca. Brendan Fraser volta ao seu papel carismático como Rick, um herói destemido, mas com uma sensibilidade que conquista o público. A química entre Fraser e Weisz, que retorna como Evelyn, é palpável, com a personagem de Weisz ganhando mais profundidade neste filme, embora com menos foco no humor. Jonathan (John Hannah), mais uma vez, proporciona momentos de alívio cômico, enquanto o filho do casal, Alex, se apresenta como um típico "adolescente irritante", sem grandes adições à narrativa, algo comum em filmes de Hollywood.
Em resumo, é uma sequência divertida e repleta de ação que não tenta se levar muito a sério. Oferecendo o tipo de entretenimento leve e explosivo esperado de filmes de aventura da época, o filme consegue agradar a quem já havia se encantado pelo primeiro longa, mas falha em termos de originalidade. Apesar da previsibilidade do enredo e de alguns aspectos que podem parecer datados, a obra cumpre o que promete: uma jornada emocionante e recheada de momentos inesquecíveis. Se você gostou de A Múmia, com certeza encontrará diversão neste trabalho. Em 2008, a franquia ainda ganharia uma terceira parte, mas sem a direção de Sommers.
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