A Múmia (1999)
por Giovani Zanirati
A Múmia (1999)
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
País: Estados Unidos
Nota: 10/10
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
País: Estados Unidos
Nota: 10/10
Assim como Drácula (1931) e Frankenstein (1931), A Múmia (1932) é um clássico do suspense e do terror, que, desde a década de 30, iniciou sua própria franquia. Embora a presença de Boris Karloff no papel de Imhotep e as diversas sequências tenham sido marcantes, o filme não atingiu o mesmo nível de sucesso que seus irmãos de gênero, permanecendo em hiato por um bom tempo. No entanto, a partir da década de 80, surgiram novas ideias para um remake que mantivesse a essência do filme original. O renomado cineasta George Romero, por exemplo, foi cogitado por duas vezes para dirigir a obra, assim como Wes Craven.
O desafio de revitalizar a franquia, no entanto, ficou sob o comando de Stephen Sommers, que, com a missão de criar um filme de suspense com a ação típica de Indiana Jones, lançou sua versão em 1999. Para o papel de Rick O'Connell, consideraram-se grandes nomes, como Brad Pitt, Matt Damon, Tom Cruise e Ben Affleck. Contudo, após o sucesso de George, o Rei da Floresta (1997), o ator Brendan Fraser foi escolhido para interpretar o protagonista, conquistando um lugar significativo no gênero de ação e aventura — e, claro, no humor.
A premissa de A Múmia segue uma linha similar à do clássico, mas com uma estrutura mais dinâmica. A história começa com Imhotep (Arnold Vosloo), sacerdote no Antigo Egito, que se apaixona por Anck-su-Namun, esposa do faraó Seti I. Juntos, eles conspiram para matar o faraó, mas, ao temer a punição, Anck-su-Namun comete suicídio. Imhotep tenta ressuscitá-la, mas o ritual dá errado e ele é capturado, sendo mumificado e enterrado vivo em um sarcófago. Sua tumba deveria ser vigiada pelos guerreiros Medjai, que sabiam que o despertar da Múmia traria maldições e pragas ao mundo.
No século XX, Rick O'Connell, um legionário em uma expedição rumo à cidade perdida de Hamunaptra, é capturado pelos soldados egípcios. Ele é libertado por Evelyn Carnahan (Rachel Weisz), uma estudiosa e bibliotecária, e seu irmão Jonathan (John Hannah), que buscam a cidade para estudar a história egípcia e explorar seus tesouros. Durante a jornada, o grupo, juntamente com outros aventureiros, acidentalmente libera um artefato antigo que resulta na ressurreição de Imhotep. Agora, o sacerdote mumificado está vivo novamente, e sua missão é se vingar e ressuscitar sua amada. No entanto, o processo para trazê-la de volta exige sacrifícios e desencadeia uma série de eventos sobrenaturais que ameaçam destruir o mundo.
Como mencionado, A Múmia compartilha semelhanças com Indiana Jones, mas de uma maneira mais simplificada. O suspense e o drama, que eram os principais elementos do filme original, são substituídos por ação, aventura e humor. Embora o filme possa parecer datado devido aos efeitos especiais e algumas limitações no roteiro, ele cumpre de forma honesta o papel de entreter. A obra, com seu dinamismo, se mantém eletrizante do início ao fim, com cenas intensas de confrontos e ação, especialmente a partir da metade para o final, quando os combates contra a Múmia e outras criaturas sobrenaturais ganham destaque.
O tom irreverente e humorístico do filme, com piadas situacionais e tiradas cômicas, o tornou mais acessível a um público amplo. Muitos dos personagens, como Jonathan, oferecem momentos de alívio cômico, até mesmo em cenas tensas. Sommers, embora com limitações visíveis, consegue equilibrar os gêneros, criando uma trama orgânica e de excelente ritmo. Anos depois, Piratas do Caribe (2003), da Disney, seguiria uma fórmula semelhante. A trilha sonora de Jerry Goldsmith é outro ponto alto, com uma composição grandiosa e épica que complementa o clima de aventura e perigo, criando momentos de grande tensão. A música, com sua pegada clássica, remete às grandes produções de Hollywood, intensificando o impacto das sequências de ação.
A Múmia também conta com um elenco carismático. Brendan Fraser é lembrado com carinho até hoje por seu papel como Rick O'Connell, uma espécie de Indiana Jones canastrão. Sua presença em cena, seja nas sequências de ação ou de humor, é cativante, e sua interação com Rachel Weisz e John Hannah é natural e envolvente. Arnold Vosloo, por sua vez, se destaca como um vilão carismático, sendo querido pelos fãs da franquia, embora com uma abordagem diferente da interpretada por Boris Karloff no clássico de 1932. O elenco secundário, embora extenso, cumpre seu papel, mesmo que muitos personagens estejam ali para servir de vítimas para o monstro.
A Múmia se tornou um clássico cult, em que até seus erros bizarros acabam se tornando parte do charme da trama. A mistura de ação, comédia, romance e elementos de terror resulta em uma produção eficaz em entreter e capturar a imaginação do público. Embora não seja um filme perfeito, sua nostalgia é mais forte que qualquer crítica negativa. Não se trata de "desligar o cérebro", como frequentemente se diz para defender obras consideradas fracas. Na minha visão, A Múmia representa o melhor do "cinema família". Com seu sucesso, garantiu sequências, mantendo a nostalgia para os fãs, embora tenha enfrentado tanto novos quanto antigos desafios.
O desafio de revitalizar a franquia, no entanto, ficou sob o comando de Stephen Sommers, que, com a missão de criar um filme de suspense com a ação típica de Indiana Jones, lançou sua versão em 1999. Para o papel de Rick O'Connell, consideraram-se grandes nomes, como Brad Pitt, Matt Damon, Tom Cruise e Ben Affleck. Contudo, após o sucesso de George, o Rei da Floresta (1997), o ator Brendan Fraser foi escolhido para interpretar o protagonista, conquistando um lugar significativo no gênero de ação e aventura — e, claro, no humor.
A premissa de A Múmia segue uma linha similar à do clássico, mas com uma estrutura mais dinâmica. A história começa com Imhotep (Arnold Vosloo), sacerdote no Antigo Egito, que se apaixona por Anck-su-Namun, esposa do faraó Seti I. Juntos, eles conspiram para matar o faraó, mas, ao temer a punição, Anck-su-Namun comete suicídio. Imhotep tenta ressuscitá-la, mas o ritual dá errado e ele é capturado, sendo mumificado e enterrado vivo em um sarcófago. Sua tumba deveria ser vigiada pelos guerreiros Medjai, que sabiam que o despertar da Múmia traria maldições e pragas ao mundo.
No século XX, Rick O'Connell, um legionário em uma expedição rumo à cidade perdida de Hamunaptra, é capturado pelos soldados egípcios. Ele é libertado por Evelyn Carnahan (Rachel Weisz), uma estudiosa e bibliotecária, e seu irmão Jonathan (John Hannah), que buscam a cidade para estudar a história egípcia e explorar seus tesouros. Durante a jornada, o grupo, juntamente com outros aventureiros, acidentalmente libera um artefato antigo que resulta na ressurreição de Imhotep. Agora, o sacerdote mumificado está vivo novamente, e sua missão é se vingar e ressuscitar sua amada. No entanto, o processo para trazê-la de volta exige sacrifícios e desencadeia uma série de eventos sobrenaturais que ameaçam destruir o mundo.
Como mencionado, A Múmia compartilha semelhanças com Indiana Jones, mas de uma maneira mais simplificada. O suspense e o drama, que eram os principais elementos do filme original, são substituídos por ação, aventura e humor. Embora o filme possa parecer datado devido aos efeitos especiais e algumas limitações no roteiro, ele cumpre de forma honesta o papel de entreter. A obra, com seu dinamismo, se mantém eletrizante do início ao fim, com cenas intensas de confrontos e ação, especialmente a partir da metade para o final, quando os combates contra a Múmia e outras criaturas sobrenaturais ganham destaque.
O tom irreverente e humorístico do filme, com piadas situacionais e tiradas cômicas, o tornou mais acessível a um público amplo. Muitos dos personagens, como Jonathan, oferecem momentos de alívio cômico, até mesmo em cenas tensas. Sommers, embora com limitações visíveis, consegue equilibrar os gêneros, criando uma trama orgânica e de excelente ritmo. Anos depois, Piratas do Caribe (2003), da Disney, seguiria uma fórmula semelhante. A trilha sonora de Jerry Goldsmith é outro ponto alto, com uma composição grandiosa e épica que complementa o clima de aventura e perigo, criando momentos de grande tensão. A música, com sua pegada clássica, remete às grandes produções de Hollywood, intensificando o impacto das sequências de ação.
A Múmia também conta com um elenco carismático. Brendan Fraser é lembrado com carinho até hoje por seu papel como Rick O'Connell, uma espécie de Indiana Jones canastrão. Sua presença em cena, seja nas sequências de ação ou de humor, é cativante, e sua interação com Rachel Weisz e John Hannah é natural e envolvente. Arnold Vosloo, por sua vez, se destaca como um vilão carismático, sendo querido pelos fãs da franquia, embora com uma abordagem diferente da interpretada por Boris Karloff no clássico de 1932. O elenco secundário, embora extenso, cumpre seu papel, mesmo que muitos personagens estejam ali para servir de vítimas para o monstro.
A Múmia se tornou um clássico cult, em que até seus erros bizarros acabam se tornando parte do charme da trama. A mistura de ação, comédia, romance e elementos de terror resulta em uma produção eficaz em entreter e capturar a imaginação do público. Embora não seja um filme perfeito, sua nostalgia é mais forte que qualquer crítica negativa. Não se trata de "desligar o cérebro", como frequentemente se diz para defender obras consideradas fracas. Na minha visão, A Múmia representa o melhor do "cinema família". Com seu sucesso, garantiu sequências, mantendo a nostalgia para os fãs, embora tenha enfrentado tanto novos quanto antigos desafios.
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