Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014)
Uma obra-prima da Marvel.
por Giovani Zanirati
Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014)
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely
País: Estados Unidos
Nota: 10/10
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely
País: Estados Unidos
Nota: 10/10
Seguindo a fase dois do Universo Cinematográfico Marvel, Capitão América: O Soldado Invernal (2014) marca a estreia dos diretores Anthony e Joe Russo, que mais tarde se tornariam responsáveis por filmes icônicos como Capitão América 3: Guerra Civil (2016), Os Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019). Juntamente com James Gunn, os irmãos Russo podem ser considerados os principais responsáveis pelos melhores trabalhos dentro do UCM. A trama se passa dois anos após os eventos de Os Vingadores (2012), quando Steve Rogers (Chris Evans) tenta se adaptar à vida moderna após ser descongelado pela S.H.I.E.L.D., e mais tarde se une aos outros heróis.
Ao longo da história, ele continua trabalhando para o grupo, vivendo como se fosse incapaz de existir sem um conflito (algo que será mais tarde mencionado por Ultron). No entanto, em uma missão para resgatar agentes da S.H.I.E.L.D., Steve acaba desvendando uma conspiração que envolve o projeto Insight. Neste projeto, porta-aviões armados estão prontos para eliminar alvos, incluindo Tony Stark, Bruce Banner e Stephen Strange — o futuro Doutor Estranho. O objetivo é eliminar ameaças potenciais aos planos do grupo.
Desde o fim de Capitão América: O Primeiro Vingador (2012), a S.H.I.E.L.D. foi infiltrada pela HYDRA, uma consequência direta da decisão imprudente de recrutar Armin Zola, aliado do Caveira Vermelha. Steve se vê, assim, forçado a abandonar seu papel de herói patriota e inocente, o que adiciona camadas à sua personalidade e o coloca em uma luta contra uma das maiores forças do Estado. Nesse novo cenário, onde o grupo está completamente comprometido sob o comando de Alexander Pierce (interpretado por Robert Redford), Steve conta com o apoio de Nick Fury (Sameul L. Jackson), Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) e Sam Wilson (Anthony Mackie), o futuro Falcão. No entanto, seu maior inimigo surge de seu próprio passado aparentemente esquecido.
Capitão América 2 se destaca como uma obra mais madura e realista em comparação aos filmes anteriores do UCM. Ao contrário de outras produções da franquia, o filme evita recorrer a alívios cômicos e foca em questões mais profundas, como a vigilância estatal, o dilema entre segurança e liberdade, e a lealdade pessoal. O roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely é bem estruturado, apresentando uma narrativa mais sombria e orgânica. Cada evento está interligado, levando a algo maior, e a direção dos irmãos Russo infunde a história com uma atmosfera de suspense e espionagem, reminiscente dos thrillers da década de 1970.
Os Russo equilibram com maestria ação e desenvolvimento de personagens, criando sequências de luta bem coreografadas, especialmente entre o Capitão América e o Soldado Invernal (Sebastian Stan) — que apresenta o melhor embate físico dessa série da Marvel até aquele momento. As perseguições, tiroteios e batalhas, com forte presença de Romanoff, são impecavelmente executadas, com uma estética apurada e efeitos especiais de qualidade, resultado de uma combinação de CGI e ação prática.
O elenco também recebe maior destaque neste filme. Chris Evans entrega uma performance sólida, demonstrando a evolução do seu personagem e, sem dúvida, sua melhor atuação na franquia. Nesse filme, Rogers deixa de ser apenas um super-herói para se tornar um homem em conflito com o mundo moderno e suas próprias convicções. Nick Fury e Natasha Romanoff também ganham mais tempo de tela, enquanto Sam Wilson faz sua estreia como Falcão no MCU. Outros destaques vão para o Soldado Invernal, cuja presença carrega um peso emocional, e também para Alexander Pierce, um dos vilões mais complexos e sofisticados da saga, cuja interpretação de Robert Redford é, muitas vezes, subestimada.
Capitão América: O Soldado Invernal é amplamente considerado um dos filmes mais aclamados e respeitados de heroís. Assim como Homem-Aranha 2 (2004) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), ele é uma sequência muito superior ao seu filme de origem. A obra combina um desenvolvimento de personagens profundo, uma narrativa intricada e relevante, e ação de altíssima qualidade, enquanto aborda uma crítica social pertinente. O filme resgata o estilo de thriller político, colocando seus personagens em dilemas morais complexos. Com uma direção impecável, O Soldado Invernal se firma como uma das melhores obras do UCM — talvez até a melhor de todas.
Ao longo da história, ele continua trabalhando para o grupo, vivendo como se fosse incapaz de existir sem um conflito (algo que será mais tarde mencionado por Ultron). No entanto, em uma missão para resgatar agentes da S.H.I.E.L.D., Steve acaba desvendando uma conspiração que envolve o projeto Insight. Neste projeto, porta-aviões armados estão prontos para eliminar alvos, incluindo Tony Stark, Bruce Banner e Stephen Strange — o futuro Doutor Estranho. O objetivo é eliminar ameaças potenciais aos planos do grupo.
Desde o fim de Capitão América: O Primeiro Vingador (2012), a S.H.I.E.L.D. foi infiltrada pela HYDRA, uma consequência direta da decisão imprudente de recrutar Armin Zola, aliado do Caveira Vermelha. Steve se vê, assim, forçado a abandonar seu papel de herói patriota e inocente, o que adiciona camadas à sua personalidade e o coloca em uma luta contra uma das maiores forças do Estado. Nesse novo cenário, onde o grupo está completamente comprometido sob o comando de Alexander Pierce (interpretado por Robert Redford), Steve conta com o apoio de Nick Fury (Sameul L. Jackson), Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) e Sam Wilson (Anthony Mackie), o futuro Falcão. No entanto, seu maior inimigo surge de seu próprio passado aparentemente esquecido.
Capitão América 2 se destaca como uma obra mais madura e realista em comparação aos filmes anteriores do UCM. Ao contrário de outras produções da franquia, o filme evita recorrer a alívios cômicos e foca em questões mais profundas, como a vigilância estatal, o dilema entre segurança e liberdade, e a lealdade pessoal. O roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely é bem estruturado, apresentando uma narrativa mais sombria e orgânica. Cada evento está interligado, levando a algo maior, e a direção dos irmãos Russo infunde a história com uma atmosfera de suspense e espionagem, reminiscente dos thrillers da década de 1970.
Os Russo equilibram com maestria ação e desenvolvimento de personagens, criando sequências de luta bem coreografadas, especialmente entre o Capitão América e o Soldado Invernal (Sebastian Stan) — que apresenta o melhor embate físico dessa série da Marvel até aquele momento. As perseguições, tiroteios e batalhas, com forte presença de Romanoff, são impecavelmente executadas, com uma estética apurada e efeitos especiais de qualidade, resultado de uma combinação de CGI e ação prática.
O elenco também recebe maior destaque neste filme. Chris Evans entrega uma performance sólida, demonstrando a evolução do seu personagem e, sem dúvida, sua melhor atuação na franquia. Nesse filme, Rogers deixa de ser apenas um super-herói para se tornar um homem em conflito com o mundo moderno e suas próprias convicções. Nick Fury e Natasha Romanoff também ganham mais tempo de tela, enquanto Sam Wilson faz sua estreia como Falcão no MCU. Outros destaques vão para o Soldado Invernal, cuja presença carrega um peso emocional, e também para Alexander Pierce, um dos vilões mais complexos e sofisticados da saga, cuja interpretação de Robert Redford é, muitas vezes, subestimada.
Capitão América: O Soldado Invernal é amplamente considerado um dos filmes mais aclamados e respeitados de heroís. Assim como Homem-Aranha 2 (2004) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008), ele é uma sequência muito superior ao seu filme de origem. A obra combina um desenvolvimento de personagens profundo, uma narrativa intricada e relevante, e ação de altíssima qualidade, enquanto aborda uma crítica social pertinente. O filme resgata o estilo de thriller político, colocando seus personagens em dilemas morais complexos. Com uma direção impecável, O Soldado Invernal se firma como uma das melhores obras do UCM — talvez até a melhor de todas.
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