Batman: Morte em Família (1988)
O público mandou: Jason Todd teve que morrer.
por Giovani Zanirati.
Batman: Morte em Família (1988)
Roteiro: Jim Starlin
Arte: Jim Aparo
País: Estados Unidos
Editora: DC Comics
Páginas: 125
Nota: 08/10
Roteiro: Jim Starlin
Arte: Jim Aparo
País: Estados Unidos
Editora: DC Comics
Páginas: 125
Nota: 08/10
A morte de Jason Todd, o segundo Robin, é um dos eventos mais emblemáticos da história dos quadrinhos, equiparando-se, em importância, a marcos como O Cavaleiro das Trevas (1986), Ano Um (1987) e A Piada Mortal (1988). Embora o destino de Todd seja amplamente conhecido por fãs de DC, inclusive pelos mais iniciantes, este arco de Morte em Família representa um momento crucial no universo da editora.
Conforme é amplamente reconhecido pelos fãs, Bruce Wayne, o Batman, sempre teve um parceiro na luta contra o crime, o Robin, o "menino prodígio". Inicialmente, esta função foi exercida por Dick Grayson, que mais tarde se tornaria o herói Asa Noturna. Com a partida de Grayson, Batman recruta Jason Todd, um jovem rebelde e problemático.
Assim como Bruce, Todd também é órfão, e devido às adversidades da vida, começou a trilhar um caminho criminoso, inicialmente roubando pneus. Em um infortúnio (ou, quem sabe, sorte), tentou roubar um pneu do Batmóvel e acabou sendo confrontado por Batman. Ao conhecer a história de vida do garoto, Bruce decide treiná-lo como seu parceiro, na esperança de proporcionar-lhe uma vida melhor.
Desde o início, Todd se revela um personagem radicalmente distinto de Grayson. Com sua atitude impulsiva, raivosa e imprudente, ele se coloca em situações perigosas, ultrapassando, em diversas ocasiões, os limites éticos impostos por Batman, inclusive com tendências a matar. Esse comportamento gerava, inevitavelmente, tensão entre ambos. Temendo que o comportamento de Todd levasse a consequências ainda mais trágicas, Batman decide afastá-lo de suas atividades. Esse distanciamento dá origem ao arco de Morte em Família.
Para marcar os 50 anos de criação do Batman, a DC realizou uma pesquisa telefônica com os fãs para decidir o destino de Jason Todd. A editora deixou nas mãos do público o poder de determinar se o personagem viveria ou morreria. A votação, que durou apenas 36 horas, registrou 10.614 chamadas, e o resultado foi apertado: 5.343 votos favoráveis à morte do jovem contra 5.271 que queriam mantê-lo vivo. O destino estava selado: Todd morreria.
O roteiro de Jim Starlin e os desenhos de Jim Aparo apresentam Todd em sua jornada até o Oriente Médio e África, em busca de sua mãe biológica, cuja existência ele descobre a partir de uma certidão de nascimento. Porém, sem saber, o jovem Robin está caminhando em direção à sua morte. Ao chegar à região, ele se depara com a informação de que o Coringa está negociando a venda de uma arma nuclear para os iranianos. Para agravar ainda mais a situação, a assistente social Sheila Haywood, que inicialmente ajudava Todd, revela ser, na verdade, sua mãe biológica, e uma nova conexão com o Coringa se estabelece.
Ao tentar proteger sua mãe das ameaças do Coringa, Jason é enganado e emboscado pelo vilão. O Coringa, com seu pé de cabra, ataca brutalmente o jovem, que acaba morrendo ao tentar salvar Sheila de uma explosão. A morte de Todd é, sem dúvida, um marco no universo de Batman, deixando Bruce Wayne devastado pela perda de seu pupilo.
A história não termina com a morte de Todd. Atormentado pela culpa de não ter sido capaz de proteger o jovem, Batman se vê forçado a confrontar suas próprias regras. Sua dor e desejo de vingança o colocam em rota de colisão com o Superman, que se vê obrigado a intervir para evitar um conflito entre os Estados Unidos e o Irã, uma vez que o Coringa, agora embaixador do Irã, adquire imunidade diplomática.
Morte em Família é uma obra de grande impacto emocional, tanto pelo sofrimento de Batman quanto pela perda irreparável de Jason Todd. A narrativa, com seu nível elevado de tensão e drama, não apenas altera a dinâmica entre o Cavaleiro das Trevas e seus aliados, mas também questiona a visão de justiça do próprio Batman. Será que ele conseguirá superar a perda e mudar seus princípios em relação à justiça? Como poderá deter o Coringa, que continua a ser uma ameaça imensurável?
Vale lembrar que, como acontece com muitos personagens de quadrinhos, Jason Todd retorna à vida. Graças a uma intervenção do Superboy, Todd revive e, após treinamento com a Liga das Sombras, torna-se uma figura ainda mais complexa. Alimentado pela raiva, ele culpa Batman por não ter matado o Coringa e adota o manto do Capuz Vermelho, uma referência direta ao próprio Coringa, transformando-se em um novo anti-herói de Gotham City.
Esse arco, portanto, não apenas redefine a trajetória de um personagem, mas também reflete uma mudança profunda nas relações e na moral do universo Batman, sendo um dos marcos mais impactantes do universo do personagem.
Assim como Bruce, Todd também é órfão, e devido às adversidades da vida, começou a trilhar um caminho criminoso, inicialmente roubando pneus. Em um infortúnio (ou, quem sabe, sorte), tentou roubar um pneu do Batmóvel e acabou sendo confrontado por Batman. Ao conhecer a história de vida do garoto, Bruce decide treiná-lo como seu parceiro, na esperança de proporcionar-lhe uma vida melhor.
Desde o início, Todd se revela um personagem radicalmente distinto de Grayson. Com sua atitude impulsiva, raivosa e imprudente, ele se coloca em situações perigosas, ultrapassando, em diversas ocasiões, os limites éticos impostos por Batman, inclusive com tendências a matar. Esse comportamento gerava, inevitavelmente, tensão entre ambos. Temendo que o comportamento de Todd levasse a consequências ainda mais trágicas, Batman decide afastá-lo de suas atividades. Esse distanciamento dá origem ao arco de Morte em Família.
Para marcar os 50 anos de criação do Batman, a DC realizou uma pesquisa telefônica com os fãs para decidir o destino de Jason Todd. A editora deixou nas mãos do público o poder de determinar se o personagem viveria ou morreria. A votação, que durou apenas 36 horas, registrou 10.614 chamadas, e o resultado foi apertado: 5.343 votos favoráveis à morte do jovem contra 5.271 que queriam mantê-lo vivo. O destino estava selado: Todd morreria.
O roteiro de Jim Starlin e os desenhos de Jim Aparo apresentam Todd em sua jornada até o Oriente Médio e África, em busca de sua mãe biológica, cuja existência ele descobre a partir de uma certidão de nascimento. Porém, sem saber, o jovem Robin está caminhando em direção à sua morte. Ao chegar à região, ele se depara com a informação de que o Coringa está negociando a venda de uma arma nuclear para os iranianos. Para agravar ainda mais a situação, a assistente social Sheila Haywood, que inicialmente ajudava Todd, revela ser, na verdade, sua mãe biológica, e uma nova conexão com o Coringa se estabelece.
Ao tentar proteger sua mãe das ameaças do Coringa, Jason é enganado e emboscado pelo vilão. O Coringa, com seu pé de cabra, ataca brutalmente o jovem, que acaba morrendo ao tentar salvar Sheila de uma explosão. A morte de Todd é, sem dúvida, um marco no universo de Batman, deixando Bruce Wayne devastado pela perda de seu pupilo.
A história não termina com a morte de Todd. Atormentado pela culpa de não ter sido capaz de proteger o jovem, Batman se vê forçado a confrontar suas próprias regras. Sua dor e desejo de vingança o colocam em rota de colisão com o Superman, que se vê obrigado a intervir para evitar um conflito entre os Estados Unidos e o Irã, uma vez que o Coringa, agora embaixador do Irã, adquire imunidade diplomática.
Morte em Família é uma obra de grande impacto emocional, tanto pelo sofrimento de Batman quanto pela perda irreparável de Jason Todd. A narrativa, com seu nível elevado de tensão e drama, não apenas altera a dinâmica entre o Cavaleiro das Trevas e seus aliados, mas também questiona a visão de justiça do próprio Batman. Será que ele conseguirá superar a perda e mudar seus princípios em relação à justiça? Como poderá deter o Coringa, que continua a ser uma ameaça imensurável?
Vale lembrar que, como acontece com muitos personagens de quadrinhos, Jason Todd retorna à vida. Graças a uma intervenção do Superboy, Todd revive e, após treinamento com a Liga das Sombras, torna-se uma figura ainda mais complexa. Alimentado pela raiva, ele culpa Batman por não ter matado o Coringa e adota o manto do Capuz Vermelho, uma referência direta ao próprio Coringa, transformando-se em um novo anti-herói de Gotham City.
Esse arco, portanto, não apenas redefine a trajetória de um personagem, mas também reflete uma mudança profunda nas relações e na moral do universo Batman, sendo um dos marcos mais impactantes do universo do personagem.
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