O Telefone Preto (2021)
O sofisticado terror de Scott Derrickson.
O Telefone Preto (2021)
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill
País: Estados Unidos
Nota: 08/10
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill
País: Estados Unidos
Nota: 08/10
Dirigido pelo cineasta Scott Derrickson e baseado no conto homônimo de Joe Hill, filho do renomado autor Stephen King, O Telefone Preto se destaca como uma obra de suspense e terror inovadora e surpreendente. Derrickson oferece uma abordagem criativa e envolvente, conseguindo renovar um gênero frequentemente saturado com convenções previsíveis. O filme evita sustos baratos e foca em uma narrativa sobrenatural diferenciada, onde forças misteriosas atuam de forma inesperada: não para causar destruição familiar, mas para salvar vidas.
Ambientado na década de 1970 em Denver, Colorado, o filme apresenta um cenário de terror comunitário diante do sequestro de crianças. Com um antagonista que utiliza balões pretos e um furgão da mesma cor, a narrativa evoca elementos que remetem a clássicos como It - A Coisa (2017), trazendo o terror infantil e o mistério para o centro da história. Os protagonistas são Finney (Mason Thames), um garoto tímido, e sua irmã Gwen (Madeline McGraw), uma criança espirituosa e carismática. Ambos enfrentam desafios familiares, como o alcoolismo e violência do pai, enquanto lidam com o trauma da perda da mãe e o bullying na escola.
O ponto de virada ocorre quando Finney é sequestrado pelo enigmático antagonista, interpretado de forma perturbadora por Ethan Hawke, que usa máscaras para expressar diferentes estados emocionais. Preso em um porão claustrofóbico, o protagonista encontra um telefone preto na parede que, embora quebrado, começa a tocar. As ligações revelam-se mensagens sobrenaturais das vítimas anteriores do sequestrador, criando um vínculo inesperado e vital para a sobrevivência de Finney.
A obra se destaca na construção de um suspense envolvente, ancorado na presença inquietante do Sequestrador. O roteiro cria um equilíbrio entre o drama familiar e o terror psicológico, explorando o dom premonitório de Gwen, que se torna fundamental na busca pelo irmão. A evolução de Finney de uma figura vulnerável a um jovem resiliente e determinado é particularmente bem-construída, gerando empatia e torcida genuína do público.
A atuação de Ethan Hawke como o antagonista é eficaz e perturbadora, embora o desenvolvimento do vilão possa parecer limitado em certos momentos repetitivos que comprometem o dinamismo da narrativa. O filme também brilha na ambientação dos anos 70, com referências sutis a Stephen King e ao cinema de terror da época, evitando o fanservice gratuito e contribuindo para um charme nostálgico e orgânico.
O Telefone Preto é uma obra que desafia o espectador com tensão constante e performances memoráveis, oferecendo uma experiência que incomoda em vez de simplesmente assustar. Embora seu final seja aparentemente definitivo, uma sequência já foi confirmada, o que abre espaço para expandir o universo narrativo e aprofundar o terror psicológico de forma ainda mais complexa. Resta aguardar se a continuação conseguirá sustentar e evoluir o impacto original.
Ambientado na década de 1970 em Denver, Colorado, o filme apresenta um cenário de terror comunitário diante do sequestro de crianças. Com um antagonista que utiliza balões pretos e um furgão da mesma cor, a narrativa evoca elementos que remetem a clássicos como It - A Coisa (2017), trazendo o terror infantil e o mistério para o centro da história. Os protagonistas são Finney (Mason Thames), um garoto tímido, e sua irmã Gwen (Madeline McGraw), uma criança espirituosa e carismática. Ambos enfrentam desafios familiares, como o alcoolismo e violência do pai, enquanto lidam com o trauma da perda da mãe e o bullying na escola.
O ponto de virada ocorre quando Finney é sequestrado pelo enigmático antagonista, interpretado de forma perturbadora por Ethan Hawke, que usa máscaras para expressar diferentes estados emocionais. Preso em um porão claustrofóbico, o protagonista encontra um telefone preto na parede que, embora quebrado, começa a tocar. As ligações revelam-se mensagens sobrenaturais das vítimas anteriores do sequestrador, criando um vínculo inesperado e vital para a sobrevivência de Finney.
A obra se destaca na construção de um suspense envolvente, ancorado na presença inquietante do Sequestrador. O roteiro cria um equilíbrio entre o drama familiar e o terror psicológico, explorando o dom premonitório de Gwen, que se torna fundamental na busca pelo irmão. A evolução de Finney de uma figura vulnerável a um jovem resiliente e determinado é particularmente bem-construída, gerando empatia e torcida genuína do público.
A atuação de Ethan Hawke como o antagonista é eficaz e perturbadora, embora o desenvolvimento do vilão possa parecer limitado em certos momentos repetitivos que comprometem o dinamismo da narrativa. O filme também brilha na ambientação dos anos 70, com referências sutis a Stephen King e ao cinema de terror da época, evitando o fanservice gratuito e contribuindo para um charme nostálgico e orgânico.
O Telefone Preto é uma obra que desafia o espectador com tensão constante e performances memoráveis, oferecendo uma experiência que incomoda em vez de simplesmente assustar. Embora seu final seja aparentemente definitivo, uma sequência já foi confirmada, o que abre espaço para expandir o universo narrativo e aprofundar o terror psicológico de forma ainda mais complexa. Resta aguardar se a continuação conseguirá sustentar e evoluir o impacto original.
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