The Lost Canvas - mangá (2006-2011)
O mangá que superou o clássico?
The Lost Canvas (2006-2011)
Autora: Shiori Teshigori
Arte : Shiori Teshigori
Volumes: 25
Capítulos: 223
País: Japão
Nota: 10/10
Autora: Shiori Teshigori
Arte : Shiori Teshigori
Volumes: 25
Capítulos: 223
País: Japão
Nota: 10/10
A história de The Lost Canvas se passa no século XVIII, durante a Guerra Santa entre Atena e Hades, eventos de importância mencionados no clássico Saint Seiya, criado por Masami Kurumada em 1986. Situado 243 anos antes da história original, Lost Canvas explora uma linha temporal alternativa, mas não canônica, o que lhe confere a liberdade de ser uma obra independente e criativa.
Ainda que Lost Canvas seja lançado no mesmo período e aborde o mesmo século que Next Dimension (sequência oficial), a narrativa de Shiori Teshirogi conquistou uma legião de fãs da franquia Os Cavaleiros do Zodíaco. Alguns, inclusive, consideram esta obra superior ao material original em aspectos como construção de personagens, cenas de luta, e profundidade dramática.
Dividido em vinte e cinco volumes, Lost Canvas apresenta Tenma, Sasha e Alone, três órfãos que cresceram juntos na Itália (Sasha e Alone são irmãos). O destino, contudo, os colocou em lados opostos na guerra entre os deuses. Enquanto Alone e Sasha representam, respectivamente, Hades e Atena, Tenma assume o papel do Cavaleiro de Pégaso, treinado pelo Cavaleiro de Libra, Dohko (futuro mentor de Shiryu de Dragão).
Ao contrário do Saint Seiya clássico, Lost Canvas apresenta um desenvolvimento de trama e diálogos mais robustos, com foco detalhado no confronto entre Hades e Atena. O enredo permite ao leitor entender melhor as estratégias de combate, as traições e os dilemas que afligem ambos os lados do conflito. Além disso, destaca-se pelo desenvolvimento equilibrado dos doze Cavaleiros de Ouro, com arcos que exploram suas motivações e relações.
Embora personagens como Dohko e Shion (Ares) já sejam conhecidos, Lost Canvas oferece arcos significativos para os demais Cavaleiros de Ouro, especialmente no spin-off The Lost Canvas: Gaiden, onde cada volume aprofunda a história de um Cavaleiro específico. Teshirogi, intencionalmente ou não, destaca personagens que foram subutilizados na obra original, como os Cavaleiros de Peixes, Touro e Câncer. Manigold de Câncer, por exemplo, é amplamente apreciado pelos fãs por sua personalidade excêntrica e habilidades excepcionais, sendo considerado um dos Cavaleiros de Ouro mais carismáticos de toda a franquia.
Embora Lost Canvas seja conhecido por seu visual mais refinado, Teshirogi consegue manter a essência dos personagens de Masami Kurumada, respeitando os traços icônicos do material original. Sua arte é sofisticada, mas é possível identificar a influência do estilo de Kurumada. Assim, o trabalho de Teshirogi complementa e enriquece a franquia, agradando tanto os fãs do clássico quanto novos leitores.
Apesar do enredo bem construído e dos personagens secundários cativantes, a narrativa gira em torno do trio principal. Tenma, como Cavaleiro de Pégaso, traz uma profundidade que diferencia seu protagonismo do de Seiya, com camadas mais complexas de personalidade. Da mesma forma, Sasha é uma versão de Atena mais presente e ativa do que Saori, enquanto Alone, como Hades, apresenta uma dualidade semelhante à de Shun de Andrômeda — sendo alguém de pureza inata destinado a ser o receptáculo de um deus sombrio. A relação entre esses personagens evolui ao longo da trama, demonstrando a habilidade de Teshirogi em desenvolver protagonistas que mantêm a essência dos arquétipos clássicos, mas com uma abordagem inovadora e emocionalmente rica.
Apesar de Lost Canvas ser uma história paralela e, por incrível que pareça desconhecida para muitos, sua abordagem respeitosa ao material original, combinada à sua capacidade de inovação, a tornou uma obra querida pelos fãs. Embora existam elementos que podem parecer excessivos, como o número de reviravoltas nas conexões entre personagens, esses detalhes enriquecem a complexidade da trama. A obra foi adaptada para o anime, porém, lamentavelmente, não foi finalizada — enquanto outras adaptações, como o polêmico Saint Seiya Omega, receberam continuidade.
The Lost Canvas é um mangá notável que, mesmo não sendo canônico, conquistou seu lugar no coração dos fãs, consolidando-se como uma contribuição única e memorável ao universo de Saint Seiya.
Ainda que Lost Canvas seja lançado no mesmo período e aborde o mesmo século que Next Dimension (sequência oficial), a narrativa de Shiori Teshirogi conquistou uma legião de fãs da franquia Os Cavaleiros do Zodíaco. Alguns, inclusive, consideram esta obra superior ao material original em aspectos como construção de personagens, cenas de luta, e profundidade dramática.
Dividido em vinte e cinco volumes, Lost Canvas apresenta Tenma, Sasha e Alone, três órfãos que cresceram juntos na Itália (Sasha e Alone são irmãos). O destino, contudo, os colocou em lados opostos na guerra entre os deuses. Enquanto Alone e Sasha representam, respectivamente, Hades e Atena, Tenma assume o papel do Cavaleiro de Pégaso, treinado pelo Cavaleiro de Libra, Dohko (futuro mentor de Shiryu de Dragão).
Ao contrário do Saint Seiya clássico, Lost Canvas apresenta um desenvolvimento de trama e diálogos mais robustos, com foco detalhado no confronto entre Hades e Atena. O enredo permite ao leitor entender melhor as estratégias de combate, as traições e os dilemas que afligem ambos os lados do conflito. Além disso, destaca-se pelo desenvolvimento equilibrado dos doze Cavaleiros de Ouro, com arcos que exploram suas motivações e relações.
Embora personagens como Dohko e Shion (Ares) já sejam conhecidos, Lost Canvas oferece arcos significativos para os demais Cavaleiros de Ouro, especialmente no spin-off The Lost Canvas: Gaiden, onde cada volume aprofunda a história de um Cavaleiro específico. Teshirogi, intencionalmente ou não, destaca personagens que foram subutilizados na obra original, como os Cavaleiros de Peixes, Touro e Câncer. Manigold de Câncer, por exemplo, é amplamente apreciado pelos fãs por sua personalidade excêntrica e habilidades excepcionais, sendo considerado um dos Cavaleiros de Ouro mais carismáticos de toda a franquia.
Embora Lost Canvas seja conhecido por seu visual mais refinado, Teshirogi consegue manter a essência dos personagens de Masami Kurumada, respeitando os traços icônicos do material original. Sua arte é sofisticada, mas é possível identificar a influência do estilo de Kurumada. Assim, o trabalho de Teshirogi complementa e enriquece a franquia, agradando tanto os fãs do clássico quanto novos leitores.
Apesar do enredo bem construído e dos personagens secundários cativantes, a narrativa gira em torno do trio principal. Tenma, como Cavaleiro de Pégaso, traz uma profundidade que diferencia seu protagonismo do de Seiya, com camadas mais complexas de personalidade. Da mesma forma, Sasha é uma versão de Atena mais presente e ativa do que Saori, enquanto Alone, como Hades, apresenta uma dualidade semelhante à de Shun de Andrômeda — sendo alguém de pureza inata destinado a ser o receptáculo de um deus sombrio. A relação entre esses personagens evolui ao longo da trama, demonstrando a habilidade de Teshirogi em desenvolver protagonistas que mantêm a essência dos arquétipos clássicos, mas com uma abordagem inovadora e emocionalmente rica.
Apesar de Lost Canvas ser uma história paralela e, por incrível que pareça desconhecida para muitos, sua abordagem respeitosa ao material original, combinada à sua capacidade de inovação, a tornou uma obra querida pelos fãs. Embora existam elementos que podem parecer excessivos, como o número de reviravoltas nas conexões entre personagens, esses detalhes enriquecem a complexidade da trama. A obra foi adaptada para o anime, porém, lamentavelmente, não foi finalizada — enquanto outras adaptações, como o polêmico Saint Seiya Omega, receberam continuidade.
The Lost Canvas é um mangá notável que, mesmo não sendo canônico, conquistou seu lugar no coração dos fãs, consolidando-se como uma contribuição única e memorável ao universo de Saint Seiya.
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