Os Observadores (2024)
Estreia de Ishana Shyamalan: um suspense envolvente que tropeça em seu desenvolvimento.
por Giovani Zanirati
Os Observadores (2024)
Direção:Ishana Shyamalan
Roteiro:Ishana Shyamalan, A.M. Shine
PaÃs: Estados Unidos, Irlanda
Direção:Ishana Shyamalan
Roteiro:Ishana Shyamalan, A.M. Shine
PaÃs: Estados Unidos, Irlanda
Nota: 07/10
Em sua estreia no cinema, a cineasta Ishana Shyamalan, filha de M. Night Shyamalan, segue os passos do pai ao apresentar uma trama de suspense intrigante. No entanto, apesar de um inÃcio promissor, o filme sofre com oscilações ao longo de seu desenvolvimento. O desfecho, marcado por um plot twist, pode dividir opiniões, dependendo da perspectiva de cada espectador. Então, as comparações com o renomado diretor são inevitáveis, já que o nome Shyamalan atraiu muitos para esta obra. Além disso, o filme evoca caracterÃsticas do estilo de M. Night, lembrando também o universo de Stephen King e a série Origem.
Baseado no livro homônimo de A. M. Shine, o filme narra a história de Mina (Dakota Fanning), uma jovem que, após a morte da mãe — pela qual se sente responsável — leva uma vida isolada e sem grandes emoções, trabalhando em uma loja de animais na Irlanda. Pouco sociável, Mina encontra distração ao sair à noite, disfarçada como outra pessoa. No entanto, sua rotina sofre uma reviravolta quando é encarregada de entregar um papagaio raro a outra loja.
Durante a viagem, o carro de Mina quebra no meio de uma floresta. Ao sair para procurar ajuda, ela descobre que o veÃculo desapareceu, e uma presença sinistra parece rondar o local. Para sua surpresa, uma idosa chamada Madeline (Olwen Fouéré) surge e a conduz para uma casa de vidro, onde dois outros jovens — Ciara (Georgina Campbell) e Daniel (Oliver Finnegan) — já se encontram. Esses moradores suspeitos avisam Mina sobre criaturas misteriosas que observam e controlam a floresta à noite.
Baseado no livro homônimo de A. M. Shine, o filme narra a história de Mina (Dakota Fanning), uma jovem que, após a morte da mãe — pela qual se sente responsável — leva uma vida isolada e sem grandes emoções, trabalhando em uma loja de animais na Irlanda. Pouco sociável, Mina encontra distração ao sair à noite, disfarçada como outra pessoa. No entanto, sua rotina sofre uma reviravolta quando é encarregada de entregar um papagaio raro a outra loja.
Durante a viagem, o carro de Mina quebra no meio de uma floresta. Ao sair para procurar ajuda, ela descobre que o veÃculo desapareceu, e uma presença sinistra parece rondar o local. Para sua surpresa, uma idosa chamada Madeline (Olwen Fouéré) surge e a conduz para uma casa de vidro, onde dois outros jovens — Ciara (Georgina Campbell) e Daniel (Oliver Finnegan) — já se encontram. Esses moradores suspeitos avisam Mina sobre criaturas misteriosas que observam e controlam a floresta à noite.
Eles precisam permanecer dentro da casa, que possui uma janela espelhada: quem está fora pode ver o interior, mas os que estão dentro não conseguem ver a floresta. Segundo Madeline, a sobrevivência depende do cumprimento rigoroso das regras impostas pelas criaturas, que parecem querer apenas observar, sem intenção imediata de atacar. A principal regra é que ninguém pode sair da casa à noite, quando os monstros emergem.
Nesse conto de fadas sombrio, o suspense é magistralmente construÃdo por meio do excelente uso da câmera e do design de som, que insinuam a presença das criaturas sem mostrá-las diretamente, amplificando a sensação de perigo e mistério. A floresta e a casa formam uma ambientação sinistra, intensificando a tensão. Para quem acompanha a série Origem, as semelhanças são inegáveis: um local isolado, criaturas noturnas e um grupo preso em circunstâncias misteriosas sem a possibilidade de escapar.
Contudo, à medida que o filme avança, surgem alguns problemas no desenvolvimento da trama e nas performances dos personagens. Ishana opta por valorizar o impacto da mitologia das criaturas, em detrimento de uma explicação mais sólida sobre sua origem, o que acaba resultando em uma sensação de superficialidade no roteiro. Certos elementos ficam sem resolução, como o papel simbólico do poleiro na história. Em alguns momentos, o filme parece exigir que o espectador aceite os acontecimentos sem questionamentos mais profundos. Além disso, o elenco não consegue transmitir totalmente a complexidade emocional necessária, especialmente no relacionamento mal construÃdo entre Mina e Madeline.
Quando parece que o filme já entregou tudo o que tinha a oferecer, Ishana, à semelhança de seu pai, surpreende com um plot twist que cria um terceiro arco narrativo. Embora o desfecho adicione novas camadas à trama, ele tropeça ao tentar amarrar as pontas soltas, especialmente no que diz respeito à mitologia das criaturas e ao desenvolvimento dos personagens. O uso de CGI para representar as criaturas também pode gerar controvérsias, pois, após uma expectativa crescente, o resultado visual pode decepcionar alguns. Por fim, apesar desses tropeços, Ishana Shyamalan apresenta um suspense satisfatório, que embora não atinja plenamente seu potencial, demonstra um domÃnio promissor na criação de atmosfera e tensão, com claras referências ao legado de seu pai, M. Night Shyamalan.
Nesse conto de fadas sombrio, o suspense é magistralmente construÃdo por meio do excelente uso da câmera e do design de som, que insinuam a presença das criaturas sem mostrá-las diretamente, amplificando a sensação de perigo e mistério. A floresta e a casa formam uma ambientação sinistra, intensificando a tensão. Para quem acompanha a série Origem, as semelhanças são inegáveis: um local isolado, criaturas noturnas e um grupo preso em circunstâncias misteriosas sem a possibilidade de escapar.
Contudo, à medida que o filme avança, surgem alguns problemas no desenvolvimento da trama e nas performances dos personagens. Ishana opta por valorizar o impacto da mitologia das criaturas, em detrimento de uma explicação mais sólida sobre sua origem, o que acaba resultando em uma sensação de superficialidade no roteiro. Certos elementos ficam sem resolução, como o papel simbólico do poleiro na história. Em alguns momentos, o filme parece exigir que o espectador aceite os acontecimentos sem questionamentos mais profundos. Além disso, o elenco não consegue transmitir totalmente a complexidade emocional necessária, especialmente no relacionamento mal construÃdo entre Mina e Madeline.
Quando parece que o filme já entregou tudo o que tinha a oferecer, Ishana, à semelhança de seu pai, surpreende com um plot twist que cria um terceiro arco narrativo. Embora o desfecho adicione novas camadas à trama, ele tropeça ao tentar amarrar as pontas soltas, especialmente no que diz respeito à mitologia das criaturas e ao desenvolvimento dos personagens. O uso de CGI para representar as criaturas também pode gerar controvérsias, pois, após uma expectativa crescente, o resultado visual pode decepcionar alguns. Por fim, apesar desses tropeços, Ishana Shyamalan apresenta um suspense satisfatório, que embora não atinja plenamente seu potencial, demonstra um domÃnio promissor na criação de atmosfera e tensão, com claras referências ao legado de seu pai, M. Night Shyamalan.
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