Armadilha (2024)
por Giovani Zanirati
Armadilha (2024)
Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
PaÃs: Estados Unidos
Direção: M. Night Shyamalan
Roteiro: M. Night Shyamalan
PaÃs: Estados Unidos
Nota: 07/10
Ao assistir ao trailer de Armadilha pela primeira vez, durante a exibição de MaXXXine (2024), fiquei intrigado com a premissa proposta por M. Night Shyamalan, que envolve um serial killer em um show com trinta mil pessoas. Na trama, Cooper (Josh Hartnett) e sua filha Riley (Ariel Donoghue) chegam a um ginásio para assistir ao show da cantora pop Lady Raven (Saleka Shyamalan), uma das filhas do diretor, a favorita da jovem.
O que poderia ser um dia inesquecÃvel para a dupla se transforma em um perigo iminente quando Cooper começa a suspeitar da presença excessiva da polÃcia. Ele descobre que a polÃcia está preparando uma armadilha para capturar um serial killer, conhecido como Açougueiro, que está presente no evento. Curiosamente, a força tarefa não possui uma foto do assassino, o que torna a busca ainda mais complexa entre centenas de homens adultos acompanhados de suas filhas.
A surpresa dessa vez, no entanto, é que Shyamalan entrega uma obra que, apesar de sua premissa intrigante, é básica. Ela revela em poucos minutos que Cooper é, na verdade, o Açougueiro. Embora o trailer já sugira essa conexão, esperava-se mais de um cineasta renomado por suas reviravoltas e o suspense em seus trabalhos. Contudo, assistir um trabalho a partir da perspectiva do assassino é produtiva, lembrando Fragmentado (2016).
O roteiro, também sob a responsabilidade do diretor indiano, é marcado pela simplicidade, onde se exige suspensão de descrença considerável. Shyamalan explora o absurdo e o humor irreverente, à s vezes com um tom que não leva a própria história a sério. Por exemplo, conforme mostrado na sinopse, Cooper descobre o plano da polÃcia através de um funcionário que, de maneira imprudente, revela detalhes cruciais para capturar o psicopata.
O que poderia ser um dia inesquecÃvel para a dupla se transforma em um perigo iminente quando Cooper começa a suspeitar da presença excessiva da polÃcia. Ele descobre que a polÃcia está preparando uma armadilha para capturar um serial killer, conhecido como Açougueiro, que está presente no evento. Curiosamente, a força tarefa não possui uma foto do assassino, o que torna a busca ainda mais complexa entre centenas de homens adultos acompanhados de suas filhas.
A surpresa dessa vez, no entanto, é que Shyamalan entrega uma obra que, apesar de sua premissa intrigante, é básica. Ela revela em poucos minutos que Cooper é, na verdade, o Açougueiro. Embora o trailer já sugira essa conexão, esperava-se mais de um cineasta renomado por suas reviravoltas e o suspense em seus trabalhos. Contudo, assistir um trabalho a partir da perspectiva do assassino é produtiva, lembrando Fragmentado (2016).
O roteiro, também sob a responsabilidade do diretor indiano, é marcado pela simplicidade, onde se exige suspensão de descrença considerável. Shyamalan explora o absurdo e o humor irreverente, à s vezes com um tom que não leva a própria história a sério. Por exemplo, conforme mostrado na sinopse, Cooper descobre o plano da polÃcia através de um funcionário que, de maneira imprudente, revela detalhes cruciais para capturar o psicopata.
No entanto, o momento mais estranho, sem dúvidas, envolve a ponta do próprio cineasta no papel de um promotor de show e tio da cantora, resultando em cenas de revirar os olhos, como se tudo fosse extremamente fácil para os planos do vilão. Dessa forma, o filme carece de urgência e suspense, com exceção do arco final, que apresenta uma intensidade maior e um jogo psicológico interessante, mas incapaz de elevar o potencial da narrativa a um nÃvel surpreendente.
O que cativa e engrandece este trabalho é a presença marcante do ator Josh Hartnett, como o melhor personagem do filme, com olhares para a câmera, sorrisos e gestos que capturam a atenção do espectador. O filme explora o personagem com várias camadas: um pai zeloso e carismático, responsável por construir o dia mais feliz da vida da filha. Um homem presente e cuidadoso, a ponto de explicar à jovem que não se deve confiar tanto nas pessoas, após se negar a comprar ingressos de um cambista. Mas também um psicopata atormentado pelo passado que desenvolve estratégias complexas para escapar da polÃcia, revelando um lado mórbido e agressivo quando seus planos falham.
O que cativa e engrandece este trabalho é a presença marcante do ator Josh Hartnett, como o melhor personagem do filme, com olhares para a câmera, sorrisos e gestos que capturam a atenção do espectador. O filme explora o personagem com várias camadas: um pai zeloso e carismático, responsável por construir o dia mais feliz da vida da filha. Um homem presente e cuidadoso, a ponto de explicar à jovem que não se deve confiar tanto nas pessoas, após se negar a comprar ingressos de um cambista. Mas também um psicopata atormentado pelo passado que desenvolve estratégias complexas para escapar da polÃcia, revelando um lado mórbido e agressivo quando seus planos falham.
O elenco secundário também é eficaz, como Donoghue, que encarna o espÃrito juvenil eufórico diante de um espetáculo mágico conduzido por sua cantora favorita. A filha do cineasta cativa e encanta em momentos do show, levando alguns a confundir o filme com um espetáculo promocional da atriz, que também compôs as letras das músicas. No entanto, quando exigida em atuação, ela não corresponde totalmente.
Apesar de problemas, Armadilha consegue entreter e manter a atenção do espectador ao longo de sua trama. É um filme básico, longe de figurar entre as grandes obras do cineasta e que pode decepcionar e irritar os mais exigentes crÃticos e fãs. Porém, não resta dúvida que vale a pena a experiência, pela condução da direção, o humor e a atuação cativante do protagonista assassino.
Apesar de problemas, Armadilha consegue entreter e manter a atenção do espectador ao longo de sua trama. É um filme básico, longe de figurar entre as grandes obras do cineasta e que pode decepcionar e irritar os mais exigentes crÃticos e fãs. Porém, não resta dúvida que vale a pena a experiência, pela condução da direção, o humor e a atuação cativante do protagonista assassino.
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