Dragon Ball Z: Bardock, O Pai de Goku (1990)

Dragon Ball Z: Bardock, O Pai de Goku (1990)


por Giovani Zanirati





Dragon Ball Z: Bardock, O Pai de Goku (1990)
Autor orignal : Akira Toriyama
Roteiro
: Takao Koyama

Direção: Mitsuo Hashimoto
País: Japão
Nota: 9,5/10


O filme, ou mais precisamente um episódio especial de Dragon Ball Z, "Bardock - O Pai de Goku", de 1990, profundamente enriquece o passado dos saiyajins, sua relação com Freeza, e a origem de Son Goku. Desde o início de Dragon Ball, um dos grandes mistérios girava em torno do passado de Goku, já que ele foi encontrado na floresta pelo idoso Son Gohan. Quando Raditz, um saiyajin, chega à Terra após a derrota de Piccolo, revela-se que Goku é, na verdade, um saiyajin do planeta Vegeta e irmão mais novo do invasor.

Inicialmente enviado à Terra com a missão de erradicar seus habitantes, Goku perde a memória dessa missão e de suas origens após sofrer um golpe na cabeça, sendo criado por Son Gohan. Durante a jornada até Namekusei, mais camadas desse passado são reveladas, especialmente a relação dos saiyajins com Freeza, o imperador do Universo. Temendo a ascensão do Super Saiyajin ou uma rebelião, Freeza destruiu o planeta Vegeta, resultando na sobrevivência de poucos, incluindo Goku, Vegeta, Nappa, e Raditz, e posteriormente, como revelado, Broly e Paragus. Esta saga brilhantemente expande, mesmo que brevemente em flashbacks ou menções, a complexa vida dos guerreiros. Ou seja, como mencionado anteriormente, o filme aprofunda (ainda mais) este cenário.

A narrativa começa com o nascimento de Goku no planeta Vegeta, enquanto um planeta é devastado por saiyajins. Bardock faz parte deste grupo de assassinos, revelando-se como qualquer outro da raça: um ser impiedoso, frio e sério, indiferente ao nascimento de seu próprio filho. Esta distinção é claramente vista no reboot apresentado em "Dragon Ball Super: Broly" (2018), onde Bardock é retratado de forma mais gentil e humanizada. No especial dos anos 90, embora haja uma significativa transformação ao longo da trama, a essência saiyajin permeia sua personalidade.

Durante a devastação do planeta, Bardock é atacado na cabeça por um guerreiro sobrevivente que, antes de ser derrotado, prevê que o pai de Goku terá visões do trágico destino dos companheiros. Após se recuperar, ele começa a ter várias visões confusas sobre a destruição de Vegeta, a morte de seus parceiros de combate e o futuro de seu filho desprezado. Este aspecto da trama é bem executado, com montagens inteligentes que evocam nostalgia nos fãs ao relembrar cenas de Dragon Ball com Goku criança.

Ao decidir investigar outro planeta e testemunhar uma cena catastrófica, Bardock começa a compreender o que está acontecendo, levando a uma transformação do personagem com camadas adicionais. Anteriormente apático em relação a tudo além de sua própria vida e batalhas por diversão, ele começa a agir de maneira altruísta, demonstrando um forte apego aos guerreiros saiyajins e ao seu filho.

As batalhas, a animação e a trilha sonora se situam confortavelmente dentro do universo bem conhecido pelos fãs, sem grandes surpresas ou decepções. No entanto, vale observar a redublagem brasileira, que melhorou significativamente a experiência do filme, corrigindo erros notáveis da primeira dublagem brasilera, como o planeta Vegeta sendo erroneamente chamado de "Belita".

Em resumo, estamos diante do melhor filme de Dragon Ball, não apenas pela qualidade mencionada, mas também por expandir os horizontes do mangá/anime. É lamentável que esses aspectos tenham sido ignorados no reboot, que, embora não seja ruim, é inferior ao material original que satisfaz todos os desejos de um fã da obra de Toriyama.

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