O Filho de Frankenstein (1939)
por Giovani Zanirati
O Filho de Frankenstein (1939)
Direção: Rowland V. Lee
Roteiro: Wyllis Cooper
País: Estado Unidos
Nota: 08/10
Direção: Rowland V. Lee
Roteiro: Wyllis Cooper
País: Estado Unidos
Nota: 08/10
Ao decidir assistir "Frankenstein", da Universal Pictures, confesso que inicialmente não esperava uma obra espetacular, apesar de reconhecer sua importância cinematográfica. Essa expectativa se baseava no conhecimento de que o filme diverge consideravelmente da obra original da romancista Mary Shelley, publicada em 1818.
Entretanto, fui agradavelmente surpreendido ao me deparar com verdadeiras joias cinematográficas ao assistir o filme e sua sequências, como "A Noiva de Frankenstein" (1935). Sob a direção marcante de James Whale, esses filmes não apenas estabeleceram uma identidade própria, mas também influenciaram profundamente o gênero do terror subsequente. Boris Karloff, o talentoso ator britânico, ofereceu interpretações formidáveis, mesmo que distintas da criação original de Shelley.
"O Filho de Frankenstein" é a sequência direta de "A Noiva de Frankenstein" e apresenta uma abordagem interessante ao mito de personagem, com alguns elementos novos à narrativa. O filme foi relegado ao esquecimento por alguns, mas merece ser reconhecido como um marco importante. Notavelmente, este foi o último em que Karloff interpretou a icônica criatura, e apresentou uma colaboração memorável entre Karloff e Bela Lugosi, eternizado como Drácula, em um encontro cinematográfico de grande significado. Este também foi o primeiro filme da saga sem a direção de James Whale, sendo substituído pelo cineasta Rowland V. Lee.
A trama de "O Filho de Frankenstein" segue Wolf von Frankenstein (Basil Rathbone), filho do legendário cientista Henry Frankenstein, que retorna com sua família ao castelo ancestral para restaurar a honra do pai. Enfrentando a hostilidade dos locais, que ainda temem a maldição da família e a existência da criatura, Wolf está determinado a seguir adiante com seus planos. O enigmático Ygor, interpretado brilhantemente por Bela Lugosi, ressurge para revelar que o monstro ainda vive.
O filme habilmente tece elementos dos seus predecessores, explorando os aspectos científicos e o legado familiar de Frankenstein. A narrativa também brinca com o equívoco comum de atribuir o nome "Frankenstein" à criatura, quando na verdade é o sobrenome do cientista. No entanto, "O Filho de Frankenstein" consegue criar sua própria identidade através de uma construção sólida e relacionamentos complexos entre seus personagens.
Destacam-se três figuras principais, cada uma com sua personalidade marcante: Wolf, distinto de seu pai pela sua racionalidade; Ygor, um personagem cativante e misterioso que manipula Wolf; e o Inspetor Krogh ( Lionel Atwill), cujas camadas de lealdade e compreensão complexificam a trama, protegendo a família Frankenstein enquanto investiga os planos de Wolf e Ygor.
O filme destaca a atmosfera gótica e sombria, típica das produções da Universal na época, que contribui muito para a ambientação do enredo. A direção de arte é particularmente elogiada, criando cenários elaborados que intensificam o clima de horror. No entanto, algumas críticas podem apontar que o ritmo do filme é mais lento em comparação com seus predecessores, e que a história, embora explore novos caminhos ao introduzir o filho do Dr. Frankenstein, pode parecer previsível em certos momentos.
Em sua última encarnação como o monstro, Karloff apresenta uma interpretação mais contida. Sua presença é tardia, menos central e sua figura é menos ambígua em comparação com seu papel brilhante em "A Noiva de Frankenstein". Em suma, "O Filho de Frankenstein" é um filme importante dentro do cânone do terror clássico, com méritos na atmosfera, na direção de arte e nas performances, apesar de possíveis falhas na narrativa.
Entretanto, fui agradavelmente surpreendido ao me deparar com verdadeiras joias cinematográficas ao assistir o filme e sua sequências, como "A Noiva de Frankenstein" (1935). Sob a direção marcante de James Whale, esses filmes não apenas estabeleceram uma identidade própria, mas também influenciaram profundamente o gênero do terror subsequente. Boris Karloff, o talentoso ator britânico, ofereceu interpretações formidáveis, mesmo que distintas da criação original de Shelley.
"O Filho de Frankenstein" é a sequência direta de "A Noiva de Frankenstein" e apresenta uma abordagem interessante ao mito de personagem, com alguns elementos novos à narrativa. O filme foi relegado ao esquecimento por alguns, mas merece ser reconhecido como um marco importante. Notavelmente, este foi o último em que Karloff interpretou a icônica criatura, e apresentou uma colaboração memorável entre Karloff e Bela Lugosi, eternizado como Drácula, em um encontro cinematográfico de grande significado. Este também foi o primeiro filme da saga sem a direção de James Whale, sendo substituído pelo cineasta Rowland V. Lee.
A trama de "O Filho de Frankenstein" segue Wolf von Frankenstein (Basil Rathbone), filho do legendário cientista Henry Frankenstein, que retorna com sua família ao castelo ancestral para restaurar a honra do pai. Enfrentando a hostilidade dos locais, que ainda temem a maldição da família e a existência da criatura, Wolf está determinado a seguir adiante com seus planos. O enigmático Ygor, interpretado brilhantemente por Bela Lugosi, ressurge para revelar que o monstro ainda vive.
O filme habilmente tece elementos dos seus predecessores, explorando os aspectos científicos e o legado familiar de Frankenstein. A narrativa também brinca com o equívoco comum de atribuir o nome "Frankenstein" à criatura, quando na verdade é o sobrenome do cientista. No entanto, "O Filho de Frankenstein" consegue criar sua própria identidade através de uma construção sólida e relacionamentos complexos entre seus personagens.
Destacam-se três figuras principais, cada uma com sua personalidade marcante: Wolf, distinto de seu pai pela sua racionalidade; Ygor, um personagem cativante e misterioso que manipula Wolf; e o Inspetor Krogh ( Lionel Atwill), cujas camadas de lealdade e compreensão complexificam a trama, protegendo a família Frankenstein enquanto investiga os planos de Wolf e Ygor.
O filme destaca a atmosfera gótica e sombria, típica das produções da Universal na época, que contribui muito para a ambientação do enredo. A direção de arte é particularmente elogiada, criando cenários elaborados que intensificam o clima de horror. No entanto, algumas críticas podem apontar que o ritmo do filme é mais lento em comparação com seus predecessores, e que a história, embora explore novos caminhos ao introduzir o filho do Dr. Frankenstein, pode parecer previsível em certos momentos.
Em sua última encarnação como o monstro, Karloff apresenta uma interpretação mais contida. Sua presença é tardia, menos central e sua figura é menos ambígua em comparação com seu papel brilhante em "A Noiva de Frankenstein". Em suma, "O Filho de Frankenstein" é um filme importante dentro do cânone do terror clássico, com méritos na atmosfera, na direção de arte e nas performances, apesar de possíveis falhas na narrativa.
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