Dragon Ball Z: Broly, O Lendário Super Saiyajin (1993)

Dragon Ball Z: Broly, O Lendário Super Saiyajin (1993)


por Giovani Zanirati






Dragon Ball Z: Broly, O Lendário Super Saiyajin (1993)
Autor original: Akira Toriyama
Roteiro: Takao Koyama
Direção: Shigeyasu Yamauchi
País: Japão
Nota: 08/10


Broly emerge como o mais marcante antagonista dentro do universo dos filmes de Dragon Ball Z, deixando uma impressão indelével tanto no público japonês quanto no ocidental, durante o final dos anos 90 e o início dos anos 2000. Seu impacto transcendeu as telas dos cinemas, estendendo-se para jogos de vídeo game, colecionáveis, publicações e comunidades online dedicadas ao gênero. Esta ascensão meteórica culminou recentemente com a canonização definitiva de Broly em Dragon Ball Super.

O que torna Broly tão cativante? Seria a qualidade excepcional do filme ou o próprio vilão que rouba a cena?

Tudo começa com a aterrissagem de uma nave em meio a um tranquilo piquenique dos guerreiros na Terra. Goku é a exceção, já que está ocupado matriculando Gohan na escola junto a Chi-Chi. Na nave, o saiyajin Paragus convida Vegeta para se unir ao novo império saiyajin em construção. Contudo, antes disso, ele requer a eliminação do lendário Super Saiyajin, responsável pela devastação de planetas e galáxias.

Apesar da objeção de Trunks do futuro, Vegeta embarca na jornada com Paragus até o novo planeta dos saiyajins. Surpreendentemente, Gohan, Trunks, e até mesmo Kuririn, Oolong e Mestre Kame acabam a bordo da nave. Goku é o último a chegar ao local, após um pedido do Sr. Kaio.

Ao chegarem ao planeta, deparam-se com Broly, filho de Paragus, que aparenta ser calmo e submisso ao pai. Entretanto, Trunks e os outros percebem indícios de opressão no planeta, incluindo uma raça sendo explorada para reconstruir o mundo.

Embora recicle elementos da mitologia saiyajin, o filme se destaca ao aprofundar o enredo, apresentando detalhes e explorando temas como vingança e o passado da raça guerreira. Tanto Paragus quanto Broly são desenvolvidos com atenção, permitindo que os espectadores compreendam suas motivações.

Quando Goku finalmente chega ao planeta, a situação se transforma. Broly revela seu verdadeiro poder e personalidade, lançando uma nova luz sobre a estranha história de Paragus.

Este é o ponto de virada do filme. Em alguns momentos, a narrativa se torna repetitiva com os discursos de Paragus e os ataques de fúria de Broly. O alívio cômico proporcionado por Kame e Oolong, embora presente, interrompe o ritmo da história com cenas desinteressantes e constrangedoras. Uma edição mais criteriosa poderia ter resolvido esse problema.

No entanto, apesar dessas falhas no roteiro, o filme se destaca pela intensidade da batalha contra o vilão. A animação e os movimentos dos personagens são excepcionais, proporcionando uma experiência emocionante na maior parte do tempo. Isso cria uma atmosfera de tensão, onde parece que Goku e os outros não têm escapatória.

O poder de Broly é tão avassalador que até mesmo Vegeta, um príncipe dos saiyajins, é mostrado como derrotado e apavorado, destacando a diferença entre ele e Goku. Enquanto o protagonista se empolga com a presença de adversários poderosos, Vegeta, por sua criação sanguinária e orgulhosa, é dominado pelo desespero.

O desfecho do filme segue a fórmula tradicional dos filmes de Dragon Ball, com Son Goku assumindo o papel de pilar de força e esperança enquanto os outros estão no chão.

Em suma, o filme é uma experiência envolvente, com uma trama cativante e animação excepcional. As batalhas são o ponto alto da produção, embora problemas de ritmo possam ser encontrados no meio e no final da história. Assim, Broly emerge como uma figura icônica dentro do universo de Dragon Ball Z, transcendendo o próprio filme para se tornar um dos vilões mais memoráveis da franquia.

Postar um comentário

0 Comentários