Crítica - Homem de Ferro (2008)

 Crítica - Homem de Ferro (2008)

por Giovani Zanirati




Homem de Ferro (2008)
Direção: Jon Favreau
Roteiro: Mark Fergus, Hawk Ostby, Art Marcum, Matt Holloway
Disponível: Disney
Nota: 09/10


Não pretendo gastar muitas linhas para falar o óbvio: a Marvel, desde 2008, conseguiu costurar de forma orgânica um universo composto de vários filmes qualificados - alguns, na verdade, nem tanto.

A primeira aposta para esse bem-sucedido projeto foi "Homem de Ferro", de John Favreau, lançado em 2008. O personagem, embora conhecido nos quadrinhos, inclusive como um dos fundadores dos Vingadores, não tinha espaço significativo, conseguiu superar as expectativas em seu primeiro e fantástico filme de origem.

Na trama, Tony Stark é um genial inventor e principal fornecedor de armas para o exército dos Estados Unidos da América. Ele é o presidente das Indústrias Stark. A sua política, um tanto egoísta, dizia que a arma mais potente é aquela que precisa ser usada uma única vez.

Ele era visto como um verdadeiro herói para o povo estadunidense, mas um serial killer para seus inimigos - mas, também, para inúmeras pessoas inocentes. Porém, nada disso importava. A sua personalidade excêntrica apresentou um indivíduo irresponsável, mulherengo e arrogante. Sentia-se uma estrela intocável.

Contudo, Tony Stark tinha como grande objetivo de vida: deixar um legado - algo que será desenvolvido ao longo da saga. O legado, no entanto, é marcado pelas armas e, por consequência, destruição e morte.

A vida de Stark muda radicalmente após ser atacado no Afeganistão por um grupo terrorista conhecido como "Os Dez Anéis". O grupo mantêm o futuro Homem de Ferro em cativeiro para que ele construísse um míssil com autopoder de destruição.

Com ajuda do cientista Ho Yinsen, que também estava no cativeiro, Tony Stark utiliza sua genialidade para construir um mini Reator Arc conectado ao eletroímã do seu peito para garantir sua sobrevivência. Além disso, ele constrói uma armadura, a clássica Mark 1.

Após conseguir escapar do cativeiro e ser resgatado, Tony percebe que todo o seu legado, a fabricação de armas, foi usado para o mal - afinal de contas, os terroristas tinham inúmeras armas da Indústria Stark. Dessa forma, ele decide fechar o setor de armas da empresa e, por fim, começa a construir novas armaduras para combater o próprio legado.

Com um roteiro quase impecável - a não ser pelo seu desfecho corrido- e uma direção qualificada, o filme convence em seu propósito de conduzir a transformação de Tony Stark de um "mercador da morte" para um herói em busca de um legado nobre.

Mesmo que a personalidade arrogante e excêntrica de Tony sofra poucas mudanças, é inegável a sua nova postura sobre justiça e política. Muito do sucesso, obviamente, deve-se ao ator Robert Downey Jr., grande destaque do filme, que incorporou muito bem o trabalho.
O elenco secundário não decepciona, principalmente o vilão Monge de Ferro, interpretado pelo excelente Jeff Bridges.

O filme também é lindo visualmente, com transições eloquentes, piadas certeiras e uma frase emblemática em seu último ato, que o diferencia dos filmes de heróis.

"Homem de Ferro" é um filme que pode ser assistido devido ao Universo Cinematográfico Marvel ou de forma aleatória. De grande qualidade, é um dos melhores filmes de origem do gênero.





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